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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Em tudo há um propósito





A semana foi seguindo e já começava a surgir alguns sintomas, que na verdade antes mesmo de constatar a gravidez já começava a sentir. O sono incontrolável é ainda marca registrada da minha gestação, seios doloridos e abdômen muito inchado segundo a médica, seria pela grande quantidade de beta HCG que havia em meu sangue. Os enjôos, ainda não fazem tanto parte do meu dia-a-dia, graças a Deus mas em compensação vou ao banheiro fazer xixi no mínimo 10 vezes em um dia. A médica assim que soube da minha gestação quadrigemelar pediu para eu dar início ao uso do utrogestan, que é a progesterona que ajuda a segurar os bebês. Ela receitou o DTN fol, que é um composto com ácido fólico, componente essencial para a formação do bebê e prescreveu também um complemento polivitamínico chamado Matherlly. Possivelmente continuarei o uso desses medicamentos por um bom tempo. Continuei minhas atividades normais e não nego, a correria do dia-a-dia me fez por alguns segundos, esquecer a tamanha responsabilidade que carregava em meu ventre.

Na quinta-feira, passei o dia normal, porém tive que me esforçar um pouco ao ter necessidade de subir alguns andares de escadas, nada alarmante, porém eu ainda não havia percebido a dimensão da minha gravidez e a responsabilidade a mim cometida. Passei o dia tranqüila e a noite eu e Jônatas fomos assistir um filme no cinema, fomos assistir “Thor”, o filme começou tranqüilo e só incomodava (assustava) um pouco nas cenas em que o 3D era mais intenso. Decidi sair da sala por precaução, Jônatas insistiu para sair junto comigo mas eu convenci ele que eu estava bem e só queria evitar um susto maior deixando ele certo de que eu sairia, ficaria dando uma volta no shopping enquanto ele assistia o restante do file e que qualquer coisa eu ligaria no celular.

Assim fiz, saí da sala de cinema e fui direto ao banheiro fazer xixi, foi aí que na hora que passei o papel higiênico vi uma certa quantidade de sangue em uma espécie amarronzada de cor. Me desesperei. Na mesma hora liguei pra Jônatas e ele veio em minha direção, saí correndo do banheiro e fomos rumo ao estacionamento pegar o carro para tomar uma direção. Começamos a ligar para a médica e não conseguíamos contato, liguei pra mainha e ela estava vindo ao nosso encontro, fomos para a maternidade para falar direto com um especialista. Eu estava muito nervosa, muito tensa, meu corpo inteiro tremia com aquela sensação de impotência que invadia meu coração. Mesmo chegando na maternidade, ainda continuamos contato com a minha médica e enfim conseguimos, ela me acalmou um pouco e pediu para ir pra casa, dobrar o uso do utrogestan, manter repouso absoluto e no dia seguinte fazer uma ultra para constatar como estavam os bebês.

Naquela noite oramos juntos e intercedemos para que a vontade de Deus viesse a se cumprir em nossa família. E que Ele pudesse acalmar nossos corações para receber de Deus a maravilhosa graça que Ele dispunha para nós. Dormimos tranqüilos, amanheceu e chegou o momento de irmos à ultra-som. Fomos eu, Jônatas e mainha. Quem nos atendeu dessa vez foi Dra. Hérica, pois Dra. Mayra estaria em um congresso, algo do tipo.

Assim que ela introduziu o aparelho, claramente não via-se mais os quatro saquinhos como antes, questionei e ela me informou que via apenas dois saquinhos e que só conseguia ver a vesícula vitelínica em um, o que segundo ela indica a formação do embrião. O outro saquinho se encontrava bem menor e ela disse que possivelmente deverei reavaliar com alguns dias, mas que por experiência, achava que este outro não se desenvolveria. Não vou dizer que saí daquele exame saltitante de alegria (o que deveria ser, pela vida do meu pequenino ou pequenina que já existe dentro de mim), mas a sensação de não mais guardar aquelas preciosas vidinhas em meu ventre, me deixaram um pouco angustiada, mas certa de que Deus tem sempre o melhor para nossas vidas e que em tudo existe um propósito.


"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar."
(Eclesiastes 3:1-10) 

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